domingo, 25 de maio de 2014

Ponto de vista



 As vezes é preciso aprender a olhar a vida por ângulos diferentes, afinal, o que é certo e o que é errado? Somos surpreendidos por razões que estavam longe de serem sensatas e no entanto, ficou mais que provada de que era a certa. Estamos tão acostumados a fazer julgamentos, principalmente e sempre, em relação a atitudes dos outros, que na maioria das vezes, não nos damos nem mesmo ao trabalho de usar nosso próprio cérebro, antes de condenar aqueles que estão à nossa volta. Precisamos parar e refletir sobre tudo aquilo que imediatamente achamos ser errado, antes de agirmos dentro do efeito manada. Estamos perdendo a capacidade de raciocinar por conta própria e surfar na onda da  maioria. Ainda me lembro das últimas manifestações no país, quando tinha tudo para dar certo, mas... tudo se perdeu ao longo do caminho e acabou virando um quebra-quebra sem qualquer fundamento. A palavra de ordem era: Vamos mudar o país! Até aí,tudo bem, já que a proposta era boa. Só que depois do primeiro dia, ninguém sabia mais o que realmente queria. Saúde, educação, segurança, estradas, transportes, enfim, tudo. Mas como mudar um país inteiro de uma só vez? Mágica, milagre? As pessoas tem que entender que para se mudar uma situação é preciso descobrir a raiz do problema,o que neste caso é meramente político. Por que então não vamos todos para a porta da prefeitura, dos palácios, assembleias e outros órgãos responsáveis pelo que queremos melhorias? O povo tá tão sem noção quanto suas atitudes que quando buscam melhorias no transporte público,o que fazem? Queimam os ônibus. E eu te pergunto: Se já está faltando ônibus no seu bairro e você ainda queima os poucos que tem, a lógica é faltar ainda mais, não é mesmo? Ou você acha que o prefeito mora no seu bairro e vai trabalhar de ônibus todo dia? Agora vem aí a copa da FIFA. É bom para nós? não sei. É ruim? também não sei. Acho que tudo depende do ponto de vista. O nosso dinheiro já foi pro saco mesmo com a desculpa de construir estádios, certo? Não adianta quebrar a padaria do Manuel ou saquear a loja do José, afinal eles não tem culpa de nada. O que é preciso é dificultar todo o processo de articulação ligado diretamente ao evento da copa e mostrar para o mundo que nossos governantes podem até fazer a sala para os gringos com nosso dinheiro, porém quem permite o acesso somos nós. Qual é o verdadeiro problema no nosso país? Saúde, educação, segurança, transporte ou todos juntos? Não. A causa do único problema em nosso país não é de todas as pessoas, e sim "Di uma" só. 

sábado, 17 de maio de 2014

Apenas mais um dia

Começando um novo dia, fico pensando em como ele será. Imagino uma manhã ensolarada com muitas pessoas sorrindo e bem humoradas, gente alegre e educada, capaz de cativar a todos com um "bom dia" sorridente... pássaros colorindo o céu com seus vôos rasantes ou simplesmente colorindo os galhos das árvores enquanto caminho pelas calçadas tranquilamente. Uma manhã em que posso me assentar num banco de praça e ler tranquilamente um bom livro, sem qualquer preocupação com o dia seguinte, com a hora seguinte ou mesmo com o momento presente... Uma manhã em que surpreendentemente reencontro com os amigos para falar de coisas banais, de um passado saudoso e feliz, sem medo de ser julgado pelo que fui e sou... Um dia em que a tarde chega chegando de mansinho, trazendo a alegria de um passeio sem compromisso e sem pressa, numa caminhada serena para receber o cair de uma noite prazerosa e uma grande expectativa de felicidade para o dia seguinte.   

sábado, 10 de maio de 2014

Mãe, eternamente mãe.



Mãe não é aquela que põe no mundo, mas sim aquela que põe o mundo dentro de nós; Aquela que nos ensina não só o abecedário, mas uma linguagem única de amor, fé e esperança. Mãe é aquela que lê no mais fundo de nossa alma e o coração liberta todos os anjos para nos consolar. Mãe, um anjo misterioso cercado de emoções que nos fazem rir e chorar sem jamais perder a razão; A fada que nos acaricia com sua varinha mágica, arrancando todas as dores que nos aflige e com seu beijo milagroso cura nossa alma e nos mostra o caminho do aconchego, mas quando nos chama pelo nome completo... nosso coração dispara. Mãe, capaz de nos transformar em heróis quando o mundo desaba e em bebês por uma vida toda. Mãe, a razão de nossa existência no tempo e no espaço, guia de nossos passos por onde quer que andemos; Mãe, rica, pobre, azul, vermelha, grande, pequena, brava, calma, não importa, serás sempre mãe, agora e sempre. 

terça-feira, 6 de maio de 2014

MÃE


Aproxima-se o dia das mães e eu fico aqui pensando:  Quantas são as mães que nunca geraram um filho sequer, porém a vida e o coração se encarregaram de fazê-las mães de muitos? Quantas são as mães que mesmo depois de partir, continuam tão vivas dentro de nós? Quantas são as mães que deixam de se importar consigo mesmas e olham nos olhos da morte para proteger o filho? Quantas são as mães que perdem a posse de um filho para não vê-lo perder a felicidade? Quantas são as mães que trabalham vinte e quatro horas por dia e ainda encontram horas para o filho? Quantas são as mães, ignorantes e analfabetas que ensina, melhor que qualquer magistrado, a lição do amor? Quantas são as mães, que lhes bastam apenas o mérito de ser mãe? Quantas são as mães, que de calças e bigodes são as mais perfeitas referencias de amor e vida para os filhos? Quantas são as mães de tantos ou nenhum filho que vieram anjos e se eternizaram Mães? Quantas são as mães que, com exceção deste dia, têm plena consciência de que vieram anjos e não apenas mães?

domingo, 4 de maio de 2014

Teste sua criatividade como autor e continue a história



     Laura acabava de chegar em casa, depois de passar divertidas horas junto com amigos em uma balada, após o trabalho. Já passava das três horas da manhã quando abriu sorrateiramente a porta e entrou. Ainda estava bêbada e sentia as pernas vacilarem a cada passo. Apesar de morar sozinha, toda cautela tinha uma explicação: não queria dar a chance de os vizinhos terem o que falar no dia seguinte. Acendeu a luz e caminhou cambaleante pela sala, deixando os sapatos e roupas pelo caminho em direção à cozinha. Estava com fome e precisava preparar alguma coisa para comer antes de dormir. O quarto ficava no segundo piso e as luzes no alto da escada permaneciam apagadas. Retirou alguns ingredientes da geladeira, colocando-os sobre a mesa, juntamente com uma caixinha de suco pronto. Laura quase não conseguia dominar seu corpo cambaleante e a todo momento se escorava para não cair. Estava só de calcinha, mas isso não parecia incomodá-la, já que se sentia completamente à vontade, a ponto de resmungar palavras desconexas, achando graça de si mesma pelo estado de embriaguez em que se encontrava.
     _ Que noite, que noite... _ Repetiu para si mesma sorrindo enquanto lanchava. Levantou-se, deixando tudo espalhado sobre a mesa da cozinha e caminhou em direção à escada que dava acesso ao quarto, quando de repente, ouviu um ruído abafado vindo do piso superior. Cambaleante se encolheu a um canto e ( J.R.C. - Santa Catarina) resmungou consigo mesma pela gafe que acabava de cometer. Correu sorrateiramente até as roupas espalhadas pelo chão, vestindo-as de forma afobada e espalhafatosa. Tinha esquecido por completo da presença do pai que veio passar uns dias em sua casa. Tão logo conseguiu enfiar um dos pés no sapato, olhou para o alto da escada e lá estava ele sorrindo divertido com o desespero da filha.
     _ Oi, pai... tudo bem? _ Gaguejou ela pega de surpresa.
     _ Comigo sim. _ Respondeu sem deixar de sorrir.
     _ Então... como foi seu dia? _ Insistiu ela sem saber o que dizer.
     _ Bem.
     _ Então...
     _ Hei filha, não precisa ficar sem graça. Está na sua casa e não me deve explicação de nada, ta bem?
     _ Obrigada, pai.
     _ Mas a blusa está do lado avesso. _ Observou ele com ironia.
          Laura subiu as escadas correndo, indo direto para o quarto sem nem mesmo se despedir do pai que ficou olhando-a sorrindo. O homem colocou ordem na cozinha e voltou para o quarto de hóspede onde estava instalado. Empresário, bem sucedido, com pouco mais de 50 anos, Walmir morava numa pequena cidade do interior com a família e, vez por outra, ia até a capital para resolver alguns negócios de investimentos na área de pedras preciosas e jóias. Com várias lojas e representantes espalhados por todo o estado, o empresário levava uma vida tranquila numa pacata cidade com pouco mais de dez mil habitantes, que o conheciam e o respeitavam pelo seu caráter invejável e o modo simples com que vivia. Laura era a mais velha de três irmãos, sendo o caçula adotado pela família com muitos problemas de aceitação. Assim que se formou em administração, a garota preferiu se afastar e buscar novos ares longe das asas dos pais. Conquistou sua liberdade graças a sua persistência e o respeito da família em considerar suas decisões e o livre direito de escolha para com os atos e consequências de sua vida. Nunca havia se casado e preferia não se envolver com ninguém por quem não se sentisse realmente apaixonada. Seus relacionamentos eram passageiros e isso lhe bastava para não correr o risco de se iludir ou mesmo criar qualquer expectativa que pudesse tirar-lhe a liberdade de viver à sua maneira. Havia escolhido um pequeno e modesto apartamento em um bairro da periferia, já que não queria contar com a ajuda financeira dos pais para se manter. Trabalhava como secretária em uma loja de conveniência e ganhava o suficiente para pagar suas contas e vez por outra, sair com os amigos.
           Naquela manhã, porém, a garota teria uma nova experiencia que a marcaria para o resto da vida. Poucas horas depois de acordar, ela e o pai se preparavam para almoçar, quando perceberam um alvoroço no prédio. Sem saber do que se tratava, foram até a porta e imediatamente rendidos por três jovens armados, que faziam um arrastão no mesmo andar. Empurrados para dentro, foram obrigados a se deitarem no chão da sala, enquanto os ladrões vasculhavam todo o apartamento. ( Continua... )