domingo, 28 de setembro de 2014

                       "Tem momentos na vida em que gostaríamos de abandonar tudo e traçar novos objetivos, novas metas, enfim, dar um rumo bem diferente àquilo tudo que vivemos até então. É como se fôssemos tomados por uma força inexplicável e devastadora que quer nos tirar da rota em que estamos, sem pedir desculpas ou licença, e no silêncio obedecemos. Deixamos de importar com os passos que demos, com as quedas, conquistas, amigos e tudo mais que até então nos bastava. Queremos mais, queremos um mundo diferente, uma vida diferente. Abandonamos o conservadorismo e partimos para uma nova aventura, sem medo, sem limites, sem censura. O que passou ficou no passado e o futuro é o que nos basta. Caminhamos simplesmente em direção ao que vem, sem bagagens, sem saudades ou lágrimas pelo que se foi. Não somos mais os mesmos. Somos outra pessoa, em busca do desconhecido, desconhecido como a nós mesmos, pois nos tornamos estranhos, mesmo para aqueles que sempre estiveram ao nosso lado. Não importa. Não nos importamos. Buscamos o novo, o infinito, o que está além do nosso conhecimento. Quem sabe, além do que podemos alcançar, mas é o que vai nos bastar. Um dia, quem sabe, olharemos para trás em busca do que deixamos, mas aí pode ser tarde. E a única maneira de continuar é morrendo para viver."    

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terça-feira, 5 de agosto de 2014



Um Motivo Para Sorrir


                    Sair de casa num domingo a tarde e andar simplesmente sem destino, pode ser muito útil àquelas pessoas observadoras e um pouco mais sensíveis. Na maioria das vezes em que passeamos pela cidade, olhamos apenas para coisas que nos faz bem, como patrimônios, parques, estátuas e lugares bonitos, e realizamos desejos simples, porém difíceis no dia a dia corridos da semana, como sentar num banco de uma praça qualquer e ficar observando os pássaros que, aos bandos se aproximam em busca de migalhas de alimentos que espalhamos por entre os jardins. Escolhemos um lugar à sombra de alguma árvore frondosa e passeamos o olhar em busca de pessoas bonitas, crianças correndo em liberdade e uma forma de escapar dos nossos compromissos e responsabilidades, mesmo que seja apenas por alguns minutos. Vagamos em pensamentos com a leveza da brisa, como se ali, naquele exato momento, fosse a ante sala do paraíso.
                    E foi numa destas saídas que observei no farol, do outro lado da avenida, um montante de carros que paravam à luz vermelha. Curiosamente, percebi que os vidros iam se fechando, um a um, numa sequencia quase automática até ser liberado pela luz verde, restando no meio da pista apenas o vendedor de balas, que parecia não se incomodar com aquela situação e ainda mantinha um largo sorriso no rosto.
Foi aí que eu fiquei pensando: O que é preciso para ser feliz? Dinheiro, família, status? Não. Com toda certeza não. Tudo o que é preciso para ser feliz é apenas um motivo, seja ele qual for. O sorriso do vendedor de balas não pôde ser arranhado pela indiferença daqueles que se acham diferentes e se escondem prisioneiros atrás das películas de seus carrões, com medo de serem contagiados pela simplicidade de viver a vida com liberdade, para logo mais se trancafiarem em suas casas, quando na verdade, tudo o que queriam era poder se libertar das grades que o limitavam das ruas, arrebentarem os alarmes, deixando apenas suas câmeras para registrar seu grito de independência em prol da liberdade e da vida plena, sem preconceitos e ser apenas mais uma pessoa, meio a todas as outras. 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Pro dia nascer feliz



                          Um dia pode ser tão perfeito quanto seus sonhos, desde que você acorde acreditando nas possibilidades infinitas da perfeição de Deus, sem duvidar por um segundo sequer, da sua capacidade de viver sem medo todo e qualquer momento do qual faz parte desse processo chamado vida, elevando seus pensamentos da forma mais pura e se deixando levar pela felicidade que envolve a todos. Não somos vítimas de nada, apenas fazemos parte do processo que se inicia à partir do nosso próprio pensamento. (MS)

domingo, 25 de maio de 2014

Ponto de vista



 As vezes é preciso aprender a olhar a vida por ângulos diferentes, afinal, o que é certo e o que é errado? Somos surpreendidos por razões que estavam longe de serem sensatas e no entanto, ficou mais que provada de que era a certa. Estamos tão acostumados a fazer julgamentos, principalmente e sempre, em relação a atitudes dos outros, que na maioria das vezes, não nos damos nem mesmo ao trabalho de usar nosso próprio cérebro, antes de condenar aqueles que estão à nossa volta. Precisamos parar e refletir sobre tudo aquilo que imediatamente achamos ser errado, antes de agirmos dentro do efeito manada. Estamos perdendo a capacidade de raciocinar por conta própria e surfar na onda da  maioria. Ainda me lembro das últimas manifestações no país, quando tinha tudo para dar certo, mas... tudo se perdeu ao longo do caminho e acabou virando um quebra-quebra sem qualquer fundamento. A palavra de ordem era: Vamos mudar o país! Até aí,tudo bem, já que a proposta era boa. Só que depois do primeiro dia, ninguém sabia mais o que realmente queria. Saúde, educação, segurança, estradas, transportes, enfim, tudo. Mas como mudar um país inteiro de uma só vez? Mágica, milagre? As pessoas tem que entender que para se mudar uma situação é preciso descobrir a raiz do problema,o que neste caso é meramente político. Por que então não vamos todos para a porta da prefeitura, dos palácios, assembleias e outros órgãos responsáveis pelo que queremos melhorias? O povo tá tão sem noção quanto suas atitudes que quando buscam melhorias no transporte público,o que fazem? Queimam os ônibus. E eu te pergunto: Se já está faltando ônibus no seu bairro e você ainda queima os poucos que tem, a lógica é faltar ainda mais, não é mesmo? Ou você acha que o prefeito mora no seu bairro e vai trabalhar de ônibus todo dia? Agora vem aí a copa da FIFA. É bom para nós? não sei. É ruim? também não sei. Acho que tudo depende do ponto de vista. O nosso dinheiro já foi pro saco mesmo com a desculpa de construir estádios, certo? Não adianta quebrar a padaria do Manuel ou saquear a loja do José, afinal eles não tem culpa de nada. O que é preciso é dificultar todo o processo de articulação ligado diretamente ao evento da copa e mostrar para o mundo que nossos governantes podem até fazer a sala para os gringos com nosso dinheiro, porém quem permite o acesso somos nós. Qual é o verdadeiro problema no nosso país? Saúde, educação, segurança, transporte ou todos juntos? Não. A causa do único problema em nosso país não é de todas as pessoas, e sim "Di uma" só. 

sábado, 17 de maio de 2014

Apenas mais um dia

Começando um novo dia, fico pensando em como ele será. Imagino uma manhã ensolarada com muitas pessoas sorrindo e bem humoradas, gente alegre e educada, capaz de cativar a todos com um "bom dia" sorridente... pássaros colorindo o céu com seus vôos rasantes ou simplesmente colorindo os galhos das árvores enquanto caminho pelas calçadas tranquilamente. Uma manhã em que posso me assentar num banco de praça e ler tranquilamente um bom livro, sem qualquer preocupação com o dia seguinte, com a hora seguinte ou mesmo com o momento presente... Uma manhã em que surpreendentemente reencontro com os amigos para falar de coisas banais, de um passado saudoso e feliz, sem medo de ser julgado pelo que fui e sou... Um dia em que a tarde chega chegando de mansinho, trazendo a alegria de um passeio sem compromisso e sem pressa, numa caminhada serena para receber o cair de uma noite prazerosa e uma grande expectativa de felicidade para o dia seguinte.   

sábado, 10 de maio de 2014

Mãe, eternamente mãe.



Mãe não é aquela que põe no mundo, mas sim aquela que põe o mundo dentro de nós; Aquela que nos ensina não só o abecedário, mas uma linguagem única de amor, fé e esperança. Mãe é aquela que lê no mais fundo de nossa alma e o coração liberta todos os anjos para nos consolar. Mãe, um anjo misterioso cercado de emoções que nos fazem rir e chorar sem jamais perder a razão; A fada que nos acaricia com sua varinha mágica, arrancando todas as dores que nos aflige e com seu beijo milagroso cura nossa alma e nos mostra o caminho do aconchego, mas quando nos chama pelo nome completo... nosso coração dispara. Mãe, capaz de nos transformar em heróis quando o mundo desaba e em bebês por uma vida toda. Mãe, a razão de nossa existência no tempo e no espaço, guia de nossos passos por onde quer que andemos; Mãe, rica, pobre, azul, vermelha, grande, pequena, brava, calma, não importa, serás sempre mãe, agora e sempre. 

terça-feira, 6 de maio de 2014

MÃE


Aproxima-se o dia das mães e eu fico aqui pensando:  Quantas são as mães que nunca geraram um filho sequer, porém a vida e o coração se encarregaram de fazê-las mães de muitos? Quantas são as mães que mesmo depois de partir, continuam tão vivas dentro de nós? Quantas são as mães que deixam de se importar consigo mesmas e olham nos olhos da morte para proteger o filho? Quantas são as mães que perdem a posse de um filho para não vê-lo perder a felicidade? Quantas são as mães que trabalham vinte e quatro horas por dia e ainda encontram horas para o filho? Quantas são as mães, ignorantes e analfabetas que ensina, melhor que qualquer magistrado, a lição do amor? Quantas são as mães, que lhes bastam apenas o mérito de ser mãe? Quantas são as mães, que de calças e bigodes são as mais perfeitas referencias de amor e vida para os filhos? Quantas são as mães de tantos ou nenhum filho que vieram anjos e se eternizaram Mães? Quantas são as mães que, com exceção deste dia, têm plena consciência de que vieram anjos e não apenas mães?

domingo, 4 de maio de 2014

Teste sua criatividade como autor e continue a história



     Laura acabava de chegar em casa, depois de passar divertidas horas junto com amigos em uma balada, após o trabalho. Já passava das três horas da manhã quando abriu sorrateiramente a porta e entrou. Ainda estava bêbada e sentia as pernas vacilarem a cada passo. Apesar de morar sozinha, toda cautela tinha uma explicação: não queria dar a chance de os vizinhos terem o que falar no dia seguinte. Acendeu a luz e caminhou cambaleante pela sala, deixando os sapatos e roupas pelo caminho em direção à cozinha. Estava com fome e precisava preparar alguma coisa para comer antes de dormir. O quarto ficava no segundo piso e as luzes no alto da escada permaneciam apagadas. Retirou alguns ingredientes da geladeira, colocando-os sobre a mesa, juntamente com uma caixinha de suco pronto. Laura quase não conseguia dominar seu corpo cambaleante e a todo momento se escorava para não cair. Estava só de calcinha, mas isso não parecia incomodá-la, já que se sentia completamente à vontade, a ponto de resmungar palavras desconexas, achando graça de si mesma pelo estado de embriaguez em que se encontrava.
     _ Que noite, que noite... _ Repetiu para si mesma sorrindo enquanto lanchava. Levantou-se, deixando tudo espalhado sobre a mesa da cozinha e caminhou em direção à escada que dava acesso ao quarto, quando de repente, ouviu um ruído abafado vindo do piso superior. Cambaleante se encolheu a um canto e ( J.R.C. - Santa Catarina) resmungou consigo mesma pela gafe que acabava de cometer. Correu sorrateiramente até as roupas espalhadas pelo chão, vestindo-as de forma afobada e espalhafatosa. Tinha esquecido por completo da presença do pai que veio passar uns dias em sua casa. Tão logo conseguiu enfiar um dos pés no sapato, olhou para o alto da escada e lá estava ele sorrindo divertido com o desespero da filha.
     _ Oi, pai... tudo bem? _ Gaguejou ela pega de surpresa.
     _ Comigo sim. _ Respondeu sem deixar de sorrir.
     _ Então... como foi seu dia? _ Insistiu ela sem saber o que dizer.
     _ Bem.
     _ Então...
     _ Hei filha, não precisa ficar sem graça. Está na sua casa e não me deve explicação de nada, ta bem?
     _ Obrigada, pai.
     _ Mas a blusa está do lado avesso. _ Observou ele com ironia.
          Laura subiu as escadas correndo, indo direto para o quarto sem nem mesmo se despedir do pai que ficou olhando-a sorrindo. O homem colocou ordem na cozinha e voltou para o quarto de hóspede onde estava instalado. Empresário, bem sucedido, com pouco mais de 50 anos, Walmir morava numa pequena cidade do interior com a família e, vez por outra, ia até a capital para resolver alguns negócios de investimentos na área de pedras preciosas e jóias. Com várias lojas e representantes espalhados por todo o estado, o empresário levava uma vida tranquila numa pacata cidade com pouco mais de dez mil habitantes, que o conheciam e o respeitavam pelo seu caráter invejável e o modo simples com que vivia. Laura era a mais velha de três irmãos, sendo o caçula adotado pela família com muitos problemas de aceitação. Assim que se formou em administração, a garota preferiu se afastar e buscar novos ares longe das asas dos pais. Conquistou sua liberdade graças a sua persistência e o respeito da família em considerar suas decisões e o livre direito de escolha para com os atos e consequências de sua vida. Nunca havia se casado e preferia não se envolver com ninguém por quem não se sentisse realmente apaixonada. Seus relacionamentos eram passageiros e isso lhe bastava para não correr o risco de se iludir ou mesmo criar qualquer expectativa que pudesse tirar-lhe a liberdade de viver à sua maneira. Havia escolhido um pequeno e modesto apartamento em um bairro da periferia, já que não queria contar com a ajuda financeira dos pais para se manter. Trabalhava como secretária em uma loja de conveniência e ganhava o suficiente para pagar suas contas e vez por outra, sair com os amigos.
           Naquela manhã, porém, a garota teria uma nova experiencia que a marcaria para o resto da vida. Poucas horas depois de acordar, ela e o pai se preparavam para almoçar, quando perceberam um alvoroço no prédio. Sem saber do que se tratava, foram até a porta e imediatamente rendidos por três jovens armados, que faziam um arrastão no mesmo andar. Empurrados para dentro, foram obrigados a se deitarem no chão da sala, enquanto os ladrões vasculhavam todo o apartamento. ( Continua... )
                

domingo, 27 de abril de 2014

Teste sua criatividade como autor

Teste sua criatividade como autor




Gostaria de me desculpar a todos que participaram com seus textos pela demora na publicação da continuidade da obra, é que não contava em receber tantos e-mails e não tive tempo de analisar todos. Obrigado pela participação e prometo que em breve será publicado o texto escolhido.

Andanças

Descobri que a vida é apenas o início de uma longa caminhada. Todas as nossas experiencias são necessárias para que possamos compreender o quanto somos insignificantes enquanto insistirmos em caminhar sozinhos; que toda a beleza da vida não tem cor se não tivermos com quem compartilhar. O palhaço que vive em nós se torna triste e o circo desaba. A criança da nossa alma se torna tão adulto quanto nós e começamos a perecer. O calor do sol se torna gélido e o coração não aquece mais a paixão que nos faz brilhar aos olhos de quem já não nos acompanha mais. Perdemos a direção como um passageiro no ônibus de um lugar só, sem chofer, que trafega pelo deserto à deriva, nem expectadores, fogos, festas ou qualquer outro alguém a nossa espera no ponto final dessa jornada. Não existe apenas eu e sim nós. Todos somos um e um é parte de todos. O meu sonho é apenas um pequeno momento da noite do qual não consigo me lembrar quando acordo, porém, o sonho de todos nós é conquista real, a qual não se desintegra pelo caminho.     

domingo, 20 de abril de 2014

SENTIDOS



Hoje é um daqueles dias em que gostaria de deixar a vida acontecer simplesmente, sem compromisso, responsabilidades ou qualquer outro fator que possa vir a influenciar meus passos e decisões para o momento seguinte. Apenas observar em silencio o mundo girando à minha volta em seu curso natural sem deixar que os acontecimentos afetem meu estado emocional ou psicológico ou mesmo alterem o compasso ritmado do meu coração. Olhar com olhos de cego, além do que posso enxergar e entender um pouquinho mais a alma das pessoas que lutam e relutam para sustentar opiniões e atitudes que jamais as levarão a algum lugar, além da própria regressão íntima e soberba de uma moralidade fantasiosa e inexistente, apenas para sustentar o ego da postura e finalmente dizer amém. Ouvir o som do silencio na voz dos anjos, que em lamentos e lágrimas orquestram a mais linda sinfonia de paz sobre as criaturas regentes da guerra. Sentir no toque do vento as vibrações do universo como plumas de orações caindo do céu e enchendo nossas almas de amor, para nunca manifestarmos a razão de estar só. Aguçar meu paladar e saborear o mais fino e puro gosto da fé que alimenta meu corpo de virtudes e verdades e supera todas as injúrias que se espalham pelos campos. Inspirar-me de vida para minha alma, tornando inexistente a roupagem que me veste e me limita o entendimento de que Deus me fizeste também um Deus. Hoje é um daqueles dias em que gostaria de deixar a vida acontecer eternamente...  

quarta-feira, 16 de abril de 2014

VIVENDO A VIDA


Estava eu no ponto do ônibus no final da tarde, esperando para retomar meu caminho de casa, quando comecei a reparar nas pessoas. Haviam cerca de umas cinquenta pessoas no ponto onde circulam em média quinze linhas para os mais variados destinos. Por se tratar de fim de tarde, a maioria das pessoas eram adolescentes que saíam da escola. Até aí, nenhum problema. Eram vários pequenos grupos e um ou outro se isolava a espera do ônibus. Todos em clima de festa, brincavam e sorriam demonstrando alegria e descontração que chegavam a contagiar as pessoas mais velhas que também aguardavam no ponto. Isso é legal e faz a gente recordar o tempo em que também vivíamos nossos mundos descompromissados. Era uma energia gostosa que pairava no ar. Tentei prestar atenção no que conversavam entre si, sem sucesso. Todos falavam ao mesmo tempo e os assuntos eram os mais diversos. Por um momento me esqueci do mundo real em que vivemos, onde a pressa, a violência, a falta de respeito e a intolerância tomam conta. Fiquei completamente surpreso com a mudança de comportamento daqueles jovens. Todos pareciam felizes e sinceros aquela hora enquanto aguardavam pelo ônibus sem que se percebesse qualquer impaciência, mesmo com o atraso de alguns dos coletivos. Fiquei imaginando o que realmente acontece com o emocional desses garotos que vão do bem para o mal numa fração de segundos de uma forma tão radical e inacreditável, difícil de acompanhar ou mesmo definir uma causa única e coerente para tamanha mudança. De uma coisa eu tive certeza naquela hora: Não existe ninguém que seja completamente ruim, apenas momentos de desequilíbrio. Uma questão de estado emocional debilitado pela falta de motivação, educação, respeito e, principalmente, confiança.

domingo, 13 de abril de 2014

Teste sua criatividade como autor e continue a história



     Laura acabava de chegar em casa, depois de passar divertidas horas junto com amigos em uma balada, após o trabalho. Já passava das três horas da manhã quando abriu sorrateiramente a porta e entrou. Ainda estava bêbada e sentia as pernas vacilarem a cada passo. Apesar de morar sozinha, toda cautela tinha uma explicação: não queria dar a chance de os vizinhos terem o que falar no dia seguinte. Acendeu a luz e caminhou cambaleante pela sala, deixando os sapatos e roupas pelo caminho em direção à cozinha. Estava com fome e precisava preparar alguma coisa para comer antes de dormir. O quarto ficava no segundo piso e as luzes no alto da escada permaneciam apagadas. Retirou alguns ingredientes da geladeira, colocando-os sobre a mesa, juntamente com uma caixinha de suco pronto. Laura quase não conseguia dominar seu corpo cambaleante e a todo momento se escorava para não cair. Estava só de calcinha, mas isso não parecia incomodá-la, já que se sentia completamente à vontade, a ponto de resmungar palavras desconexas, achando graça de si mesma pelo estado de embriaguez em que se encontrava.
     _ Que noite, que noite... _ Repetiu para si mesma sorrindo enquanto lanchava. Levantou-se, deixando tudo espalhado sobre a mesa da cozinha e caminhou em direção à escada que dava acesso ao quarto, quando de repente, ouviu um ruído abafado vindo do piso superior. Cambaleante se encolheu a um canto e ( J.R.C. - Santa Catarina) resmungou consigo mesma pela gafe que acabava de cometer. Correu sorrateiramente até as roupas espalhadas pelo chão, vestindo-as de forma afobada e espalhafatosa. Tinha esquecido por completo da presença do pai que veio passar uns dias em sua casa. Tão logo conseguiu enfiar um dos pés no sapato, olhou para o alto da escada e lá estava ele sorrindo divertido com o desespero da filha.
     _ Oi, pai... tudo bem? _ Gaguejou ela pega de surpresa.
     _ Comigo sim. _ Respondeu sem deixar de sorrir.
     _ Então... como foi seu dia? _ Insistiu ela sem saber o que dizer.
     _ Bem.
     _ Então...
     _ Hei filha, não precisa ficar sem graça. Está na sua casa e não me deve explicação de nada, ta bem?
     _ Obrigada, pai.
     _ Mas a blusa está do lado avesso. _ Observou ele com ironia.
          Laura subiu as escadas correndo, indo direto para o quarto sem nem mesmo se despedir do pai que ficou olhando-a sorrindo. O homem colocou ordem na cozinha e voltou para o quarto de hóspede onde estava instalado. Empresário, bem sucedido, com pouco mais de 50 anos, Walmir morava numa pequena cidade do interior com a família e, vez por outra, ia até a capital para resolver alguns negócios de investimentos na área de pedras preciosas e jóias. Com várias lojas e representantes espalhados por todo o estado, o empresário levava uma vida tranquila numa pacata cidade com pouco mais de dez mil habitantes, que o conheciam e o respeitavam pelo seu caráter invejável e o modo simples com que vivia. Laura era a mais velha de três irmãos, sendo o caçula adotado pela família com muitos problemas de aceitação. Assim que se formou em administração, a garota preferiu se afastar e buscar novos ares longe das asas dos pais. Conquistou sua liberdade graças a sua persistência e o respeito da família em considerar suas decisões e o livre direito de escolha para com os atos e consequências de sua vida. Nunca havia se casado e preferia não se envolver com ninguém por quem não se sentisse realmente apaixonada. Seus relacionamentos eram passageiros e isso lhe bastava para não correr o risco de se iludir ou mesmo criar qualquer expectativa que pudesse tirar-lhe a liberdade de viver à sua maneira. Havia escolhido um pequeno e modesto apartamento em um bairro da periferia, já que não queria contar com a ajuda financeira dos pais para se manter. Trabalhava como secretária em uma loja de conveniência e ganhava o suficiente para pagar suas contas e vez por outra, sair com os amigos.
           Naquela manhã, porém, a garota teria uma nova experiencia que a marcaria para o resto da vida. Poucas horas depois de acordar, ela e o pai se preparavam para almoçar, quando perceberam um alvoroço no prédio. Sem saber do que se tratava, foram até a porta e imediatamente rendidos por três jovens armados, que faziam um arrastão no mesmo andar. Empurrados para dentro, foram obrigados a se deitarem no chão da sala, enquanto os ladrões vasculhavam todo o apartamento. 
                

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Destino


Caminhamos incansavelmente em nossa jornada tentando chegar em algum lugar do qual nem mesmo sabemos onde fica. Seguimos adiante, de cabeça erguida e marcha contínua, decididos a alcançar nosso destino imaginário, certo de que ele estará lá. Cruzamos mares e desertos, montes e abismos com os olhos fincados no horizonte, sem que nada ou ninguém nos faça desviar nosso olhar de Lince. O coração marca o ritmo como um tambor que retumba em nossa cabeça. E lá vamos nós, como um soldado solitário que leva consigo apenas o pensamento como arma. Palavras, olhares, sorrisos e pessoas passam por nós sem que nos demos ao luxo de parar, pois precisamos seguir adiante sem perda de tempo. Afinal, o tempo é precioso e não podemos perdê-lo por algo tão insignificante. Estamos em marcha para alcançar os nossos objetivos na vida, isso sim é importante. Temos que chegar lá com nossas próprias pernas e os nossos próprios méritos. Percebemos que estamos avançando, quando deparamos com velhos rostos conhecidos que agora não nos sorri mais, não nos olha mais nos olhos e não nos dirige mais qualquer palavra. O silencio interrompe nossa caminhada e não sabemos mais pra onde ir. Nosso coração bate fraco e nossos pensamentos se tornam confusos, e é aí que percebemos que por mais que continuemos, jamais iremos chegar a algum lugar. Todos esses anos em marcha nos trouxe para a beira do abismo e não há como voltar e menos ainda como seguir adiante. E é aí que descobrimos que o lugar tão sonhado é feito de pessoas que nos sorriem, nos olha com carinho e nos diz coisas que fazem o nosso coração bater mais forte.    

segunda-feira, 7 de abril de 2014

 

"A concretização de um sonho é o início do trabalho".



Produtor ou anarquista?


                         Imagine o planeta terra daqui a 200 anos. Difícil, né? Se olharmos para trás e tentarmos traçar um perfil do futuro com base nos acontecimentos, talvez possamos até mesmo ter uma ideia de como será, porém, nas últimas décadas vimos perdendo a cada dia os valores morais e éticos que limitam os direitos e o respeito ao próximo e passamos a dar prioridade ao desenvolvimento tecnológico que avança de forma assustadora, superando todas as expectativas e até mesmo a capacidade da grande maioria em acompanhar tanta informação derramada por segundo. Começamos a nos robotizar e a cometer atrocidades sem limites e, o pior, sem qualquer arrependimento ou preocupação com as opiniões e direitos alheios. Banalizamos a vida. A justiça se enfraquece gradativamente e perde o controle no cumprimento das leis que regem cada país, tornando toda a sociedade refém da própria sorte para tentar sobreviver. Quem poderá intervir para restaurar o controle sobre a população de cada país? 
                         Fico imaginando a ONU intervindo e estipulando um prazo de X anos para que as nações retomem o controle perdido ou, caso contrário, o país é confiscado. O uso inevitável da força bruta tornar-se-á necessário para a retomada da paz e da ordem, ou seja, um verdadeiro caos social. Em 200 anos, teremos um planeta regido por um presidente por continente, os países passarão a ser governados como estados, os estados divididos em regiões sob o regime de prefeituras, as cidades em sub-regiões e os bairros desaparecerão. Os cidadãos perderão nomes e serão identificados através de chips implantado no cérebro, tornando-se meros números cadastrados para "produção" sem direito à liberdade de escolha ou caçados e eliminados como inimigos da sociedade e anarquistas.          

quinta-feira, 3 de abril de 2014


Depende de nós




Quando a vontade de um determinado acontecimento chega, o coração bate mais forte. O tempo se estende por uma eternidade e a ansiedade toma conta de cada célula do corpo. O sonho antes tranquilo se torna agitado nos poucos momentos em que conseguimos dormir. E o pior, não há nada que possamos fazer a não ser esperar. Imaginamos o grande momento do êxtase, porém não temos a mínima ideia de como será, de como iremos reagir ou mesmo se iremos reagir. Pode ser que explodamos numa alegria súbita e incontrolável ou apenas fiquemos paralisados no tempo. Não importa, pois a vida nos presenteia a cada segundo e não nos cobra absolutamente nada por cada dádiva. Por certo que somos merecedores por sonhar, acreditar e esperar com confiança, uma vez que nossa persistência é guerreira e não permitiu que este acontecimento do qual fomos presenteado não fosse para o cemitério dos sonhos. 
A vontade vem do pensamento que se manifesta do sonho e todo o universo conspira em nosso favor. O pensamento é o maior poder que nos une ao Criador. "Pedi e receberei".    

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Música com arte

Paulinho Ferreira.  

Se as cordas de um violão nos levam a outras dimensões, é porque somos tão sensíveis quanto as vibrações e energias que emanam dos pensamentos do tocador, formando um único foco transcendente no universo. 

terça-feira, 1 de abril de 2014

LIVRO - O último discípulo de Tawan


Que razões podem levar uma pessoa a mudar seu comportamento repentinamente e se tornar um completo estranho para sua melhor amiga? Suzana não conseguia entender o que estava acontecendo com Rafael, mas tinha certeza de que ele não era mais o mesmo homem que conhecera. Suas metas e ideias já não eram as mesmas. Uma desconhecida seita religiosa do interior do Amazonas havia transformado radicalmente a vida do jornalista Rafael Scorazzi, que passou a viver de forma misteriosa e imprevisível. O que ele não contava, era que a amiga começasse uma investigação por conta própria e acabasse descobrindo toda a verdade que o envolvia. Para ele, restava apenas uma saída. Morrer para viver.

https://www.clubedeautores.com.br/book/161655--O_Ultimo_discipulo_de_Tawan

segunda-feira, 31 de março de 2014

1º de Abril


Antigamente, as pessoas se cercavam de brincadeiras neste dia, apenas por diversão. Era uma data em que todos nós passávamos o dia "preocupados" em não cair nas pegadinhas dos amigos. Na escola, no trabalho, em casa e na rua sempre aparecia um engraçadinho para se divertir às nossas custas. Alguns mais distraídos se esqueciam da data e acabavam caindo em uma ou outra mentirinha criada por algum amigo. Eram tempos bons e menos violentos, em que as pessoas criavam situações com o simples intuito de se divertir pregando alguma peça no outro, sem que isso, em hipótese alguma prejudicasse a outra pessoa. Hoje, porém, tudo mudou. A data quase já não é lembrada como o dia da mentira e as pessoas, na sua maioria não se permitem emocionalmente e psicologicamente a aceitar brincadeiras, quaisquer que sejam elas. Apesar de quase sempre se mostrarem extrovertidas, o "seu" mundo se mantém fechado para quaisquer coisa além de sua "cultura pobre" e sua rotina informatizada. Que pena!    

CURIOSIDADE

"O que você faria, se em uma visita à casa da sua mãe ou outro parente qualquer, que mora no mesmo lugar a mais de trinta anos e que você o visita com muita frequência, simplesmente se transformasse num mistério sem qualquer explicação? Você chega no endereço familiar e toca a campainha: (ding-dong). Assim que a porta se abre, aparece alguém que você nunca viu antes. Surpreso, você pergunta timidamente pelo tal parente. A pessoa te olha meio de lado e, desconfiada diz que não conhece tal pessoa e não existe ninguém ali além dele e sua família. À princípio, você pensa ser algum tipo de brincadeira, mas acaba descobrindo que o desconhecido está falando sério e ainda completa: Moro aqui desde que nasci e se quiser pode perguntar para qualquer vizinho, todos me conhecem.
E então?
Pois bem, foi com um pensamento assim que veio a inspiração para escrever "O último discípulo de Tawan".

OPINIÃO

"Quando acordei, abri os olhos e sorri. O novo dia desfilava à minha frente com suas milhares de oportunidades de conquistas. Por um momento respirei fundo e estiquei os braços pronto para ir à luta, tomando posse de tudo o que era meu por direito. Porém, numa fração de segundo, percebi que nada era realmente meu, até que o fizesse por merecer. Precisava, antes de tudo, derrotar meus medos e anseios e tudo quanto ainda estava pendente do dia anterior, para somente depois, abraçar o que a vida me oferece desde sempre."